Procedimentos

Ptose Palpebral

By 22 de janeiro de 2019 No Comments

PTOSE PALPEBRAL

 O termo ptose significa “queda”, e, portanto, a ptose palpebral significa a queda da pálpebra. Existe um músculo chamado levantador da pálpebra superior que é o maior responsável pelo movimento de levantar a pálpebra superior. Ele possui um prolongamento que se insere na borda da pálpebra e quando o músculo se contrai a pálpebra abre. Quando ocorre algum problema nessas estruturas a pálpebra tem sua função prejudicada, levando então à chamada ptose palpebral, que pode ser leve, moderada ou grave. A pálpebra em repouso quando aberta normalmente toca a margem da íris ou pode se posicionar até 2 mm abaixo dela. Quando ela fica mais abaixo desse limite diagnosticamos um quadro de ptose.

Esse quadro pode ter várias causas e inclusive ser congênito, mas a origem mais frequentemente é um esgarçamento ou desinserção da aponeurose do músculo levantador da pálpebra, que é mais comum em pessoas de idade mais avançada, e em pessoas que têm o hábito de puxar a pálpebra (como aquelas que usam lentes de contato).

Outras causas que devem ser investigadas principalmente nos pacientes mais jovens são as doenças neuromusculares.

No início do quadro as queixas são mais estéticas pois chama a atenção dos colegas a assimetria da abertura ocular, percebida mais facilmente nas fotos. O quadro pode evoluir ou não, podendo chegar a interferir na visão nos quadros mais graves, pois a pálpebra passa a se posicionar como uma cortina limitando o campo visual.

Existem várias técnicas para o tratamento, e o cirurgião irá decidir de acordo com o quadro e a gravidade. Na maioria das vezes encurtamos ou realizamos a reinserção a aponeurose afetada na borda palpebral restaurando assim sua função.

É importante ter conhecimento que a queixa mais frequente é  a assimetria, e a cirurgia é  realizada com o intuito de diminuir essa assimetria, não podendo o cirurgião prometer um resultado de simetria total no pós operatório, já que os tecidos humanos não se comportam matematicamente pois sofrem a ação inflamatória do trauma cirúrgico e da cicatrização, que são influenciadas também pelas particularidades biológicas locais e de cada indivíduo. Os pacientes costumam sair muito satisfeitos pois na maioria das vezes conseguimos melhorar muito o aspecto.

Os cuidados pós-operatórios são os mesmos da blefaroplastia: 30 dias de afastamento de atividades físicas, de sol e calor, período no qual o paciente deverá dormir “de barriga para cima”, fazer uso de colírios lubrificantes constantemente (a pálpebra pode não se fechar completamente nos primeiros dias) e compressas geladas.

O resultado final pode ser observado após alguns meses, período no qual aguardamos a resolução do edema local.

Em pacientes com excesso de pele, já é realizado a cirurgia de blefaroplastia no mesmo momento.